
A historia da banda Queen: Filme Bohemian Rhapsody.
Ícone. Lenda. Gênio. Estas três palavras são amplamente associadas às personalidades que marcaram a história da arte em algum momento, principalmente se levarmos em conta o mundo da música. Elvis, Michael Jackson, Sinatra, Bowie... Freddie Mercury.
Artistas transgressores, que transcenderam barreiras, criaram obras épicas, influenciaram (e ainda influenciam) artistas e têm seus nomes marcados na história da humanidade.
E Freddie foi um homem único, com um talento imensurável e inegável. Mesmo quem não conhece profundamente a obra do Queen, conhece alguma canção deles. Eu cantarolei o filme inteiro. Rsrsrs. Esta bela e emocionante homenagem à Mercury é algo realmente admirável.
Os aspectos técnicos são bem realizados, a narrativa é fluída e não cansa em suas mais de duas horas de projeção. Rami Malek escancaradamente se entregou ao papel de corpo e alma. Sua atuação de Mercury é excepcional. Apesar de não ser tão semelhante assim ao verdadeiro Freddie, é impressionante a caracterização de seus movimentos e trejeitos, que nunca resvala na caricatura.
Uma entrega evidente e extremamente difícil, pois não é qualquer um que consegue a proeza de interpretar uma figura tão carismática e conhecida sem perder o tom. E o filme aposta na emoção. As cenas de performances no palco (principalmente quando vai se aproximando ao fim) são hipnotizantes. Nem é preciso dizer que a trilha sonora é arrebatadora. Os maiores hits do Queen estão lá. Pessoas cantando contigo na sala de cinema! Rsrs. Nunca vi isso antes.
E ao final da exibição, palmas infindáveis. A aposta foi na entrada de Mercury na banda e a decolagem vertiginosa da mesma, focando na parte criativa e na personalidade forte do protagonista, pincelando em sua vida pessoal e seus relacionamentos. Mas o filme não é perfeito por dois motivos simples: primeiro, há uma confusão cronológica que para nós, brasileiros, fica evidente. Acredito que tenha havido um motivo para isso, talvez para não haver uma quebra no ritmo e ainda assim mencionar a marcante apresentação do Queen no Rock in Rio de 1985. O segundo problema, na minha concepção, é que apesar de o filme focar em Mercury, ele leva realmente a crer que todo o sucesso da banda se baseia somente em sua figura, o que não é verdade. Os outros músicos também são excepcionais e isso não é tratado da forma como poderia ter sido. Mas não há como negar que o filme funciona maravilhosamente bem. É muita história para ser incluída em um só filme. Daria facilmente para ser feita uma bela minissérie para contar com mais precisão a criação de uma das mais importantes bandas de todos os tempos. O clima nostálgico e a alta dose de emoção fazem esses pequenos deslizes narrativos virarem fichinha.
Um filme muito bem produzido tecnicamente, e que tem uma relevância enorme tanto para os fãs quanto aos que conhecem pouco este astro que continuará marcado na história da música para sempre.
Com certeza um dos melhores filmes que já assisti.
Vencedor de quatro Oscars:
Melhor ator: Rami Malek,
Melhor mixagem de som,
Melhor montagem,
Melhor edição de som.
Indicado a melhor filme.
por Fernando Raphael
(81) 98751.4010.
Comentários
Postar um comentário